A linguagem é estudada por Piaget como um sistema arbitrário de sinais; seus signos ou palavras possuem significados públicos compartilhados e compreendidos pela sociedade. Ela não constitui a fonte do pensamento lógico, mas tem a função de justamente estruturar o pensamento.
Este sistema arbitrário de sinais serve para comunicar aquilo que já foi compreendido. Piaget acredita que não é por acidente, que as primeiras palavras ditas pela criança são onomatopaicas [mamãs], [ai ai ai], [mu um].
Dentro da linguagem se classificou: discurso egocêntrico e discurso socializado.
Discurso egocêntrico é quando a criança fala consigo mesma, sem saber e se preocupar, se alguém está ouvindo ou que responda. É subclassificado ainda em:
· Repetição: as palavras são pronunciadas somente pelo prazer da fala e para dominar os sons.
· Monólogo: começa a falar mais alto consigo mesma.
· Monólogo coletivo: continua falando consigo mesma, mas ao lado das crianças, em vez de falar com elas.
Discurso socializado é divido em:
· Informação adaptada: a criança faz com que seu interlocutor a ouça.
· Critica ou menosprezo: são comuns exclamações como “Isso é injusto!” ou “Isso não presta!”.
· Ordens, pedidos e ameaças: surgem as solicitações suaves, “Você pode me ajudar?”, e até mesmo comentários de afeto.
As respostas na linguagem da criança são todas informações adaptadas por elas, já as perguntas são parte significativa do discurso socializado: “Por quê?”, “O que é isso?”.
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