sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Fracasso escolar, de quem é a culpa?

       
  Este é um trabalho realizado no ano de 2009, na discilplina de Psicologia da Cognição. Espero que gostem!

        O fracasso escolar vem sido sempre discutido, em todos os âmbitos e por todos os estudiosos. Não é difícil, ler artigos de diversas fontes científicas, culpando o próprio aluno, a família, a classe social, o sistema social econômico político por esse problema. Entretanto, analisando os pontos levantados em “Na vida, dez; na escola, zero: os contextos culturais da aprendizagem da matemática”, vemos que a principal causadora da evasão e do fracasso escolar é a própria escola. Isso não significa dizer que as outras fontes citadas não sejam parcialmente culpadas, é que não são suficientes para tal conclusão sozinhas.
         Concomitantemente, a importância dos fatores de ordem biológica, como a nutrição e a saúde, levaria a resultados negativos no desenvolvimento das crianças e tal fato seguiria ao fracasso escolar. Mas se refletirmos sobre o notório papel da instituição escolar, temos que ela não se dedica totalmente a cativar e fazer com que os alunos aprendam. Não se abre espaço para novas maneiras de ensinar um conteúdo, por exemplo. Em relação ao fato de que em situações informais os alunos aprendem e muito bem, a escola poderia adaptar-se a repassar maior material de ordem natural, cotidiana. Também que os algoritmos, se tornam obstáculos para o aprendizado, por serem um amontoado de regras e passos que devem ser seguidos de maneira rígida.
         Há ocasiões em que a escola não admite que o aluno faça operações diferentes das ensinadas, esquecendo que são diversas as maneiras de chegar ao resultado correto. Pode-se decompor o problema, para depois chegar a solução global, como sugere o livro; ou ainda, mesmo sem os métodos escolares, a  criança pode adquirir fluência nos métodos informais.
         Como nos é relatado, pelo trabalho precoce em feiras ou no comércio, para ajudar no sustento da casa, as crianças são estimuladas a resolver contas informalmente, e conseguem um ótimo resultado. Então devemos pensar, como pode ser culpa só da família ou da classe social?
         Se tomarmos como base os 3 estudos para tal fracasso, tem-nos que a escola não vem conseguindo fazer com que a real capacidade das crianças seja estimulada, e que como já falado, não tem levado o conhecimento dos processos cotidianos para dentro da instituição, não fazendo com que a interligação do conteúdo prático, do aluno, e o formal, da escola, seja bem realizada.


Nenhum comentário:

Postar um comentário