terça-feira, 9 de novembro de 2010

Arquitetura Fractal

A palavra Fractal vem do latim fractus  que significa fragmentado, quebrado. A geometria Fractal é o estudo das formas matemáticas que apresentam um sistema de subdivisões infinito e similar.
A arquitetura Fractal pode ser descrita como um objeto arquitetônico que tenha influência direta da geometria fractal, ou apresente suas características: recursividade, auto-similaridade, diversas escalas ...

No final da década de 70 surge a geometria fractal, com os estudos do matemático Mandelbrot, e o paradigma na arquitetura da época é o movimento chamado de pós modernismo.
Portanto, podemos considerar a existência da arquitetura fractal como uma tendência no movimento pós-modernista.
Charle Jencks e Peter Eisenman são dois dos arquitetos que utilizam a arquitetura fractal em seus projetos.
Veremos alguns indícios do uso dos fractais na antiguidade, para depois conhecer projetos recentes.

Fractais Celtas: abaixo a capa de um livro, perceba a simetria das formas, a recursividade e o auto-similaridade.
Fractais africanos: os desenhos e ornamentos podem apresentar padrões fractais. E também nas vilas.


Alguns projetos...

Terminal Portuário de Yokohama (Japão)

Utilizam a seção cinemática procurando simular a paisagem do lugar e a ondulação do mar através de formas auto-similares.



Escola Judaica Heinz – Galinski  (Berlim- Alemanha) 

Composição em forma de espiral com formas auto-similares, além de corredores e espaços orgânicos ou irregulares.


Centro de Cinemas Dresden (Alemanha)

Semelhante a um cristal brilhante, o edifício emerge do solo e a linguagem fractal continua no interior.


Cubo d’água (China) 

O plano adquire a forma fractal orgânica perceba que há um padrão de formas similares.


Storey Hall (Melbourne - Autrália)

Projeto fractal exuberante e colorido, cujas formas são baseadas nos ladrilhos irregulares de Roger Penrose, que nunca se repetem e são sempre auto-similares.






sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Estrutura do Soroban

Adaptação do Soroban para deficientes visuais

Essencialmente, a estrutura e o funcionamento do Soroban adaptado para deficientes visuais não diferem do Soroban usado por videntes. As duas únicas mudanças operadas dizem respeito ao deslizamento das contas e às referências utilizadas. A leitura dos valores no Soroban adaptado é feita da mesma forma que em braile: pelo tato. Por isso as contas não podem deslizar livremente como no Soroban convencional. Para contornar este problema, o Soroban deve contar com um dispositivo que mantenha as contas em determinada posição. É assim o Soroban adaptado japonês: feito com placas que tombam para frente ou para trás; o Soroban adaptado espanhol: trava as contas na posição desejada; e o Soroban adaptado brasileiro: conta com um tapete de borracha, fazendo com que o praticante tenha de imprimir mais força para mover as contas. A fim de facilitar a leitura, o ponto que determina a ordem das unidades é feito em alto-relevo e situado entre duas colunas, indicando que a imediatamente à esquerda corresponde à das unidades. Também visando facilitar a leitura tátil, as operações de adição e subtração com números inteiros utilizam sempre a coluna da extrema direita para registrar as unidades, uma vez que dispensa a procura pelo ponto de referência.

O Soroban

O Soroban é um instrumento de cálculo matemático, cuja estrutura é provida de hastes metálicas ao longo das quais as contas podem deslizar. A sua estrutura atual é decorrente de uma série de transformações, de forma a aumentar sempre a sua utilidade prática e a facilidade de manuseio. Utiliza como princípio a lógica do sistema de numeração hindu-arábico de base decimal, mas pode ser usado em qualquer base ou sistema de numeração. Facilita a compreensão dos sistemas de numeração, pois contextualiza o fundamento posicional das ordens e classes numéricas (cada haste vertical - uma ordem: unidade, dezena, centena; cada três hastes verticais - uma classe: simples, milhar, milhão, e assim por diante), bem como induz a decomposição das ordens, o que reitera o princípio aditivo dos sistemas de numeração.
O Soroban foi introduzido no Japão há mais de 380 anos, em 1622, quando foi importado da China.
O Soroban chegou ao Brasil com os primeiros imigrantes japoneses, em 1908, para uso próprio. O modelo de então era o de cinco contas, que seria substituído pelo de quatro contas a partir de 1953, com os primeiros imigrantes da era pós-guerra (Segunda Guerra Mundial). O primeiro divulgador de shuzan, a arte de calcular com o Soroban, foi o professor Fukutaro Kato, que em 1958 publicou o primeiro livro do gênero no Brasil: “O Soroban pelo Método Moderno”. Professor Kato também fundou a Associação Cultural de Shuzan do Brasil (ACSB), que organiza campeonatos anuais. Muitos desses campeonatos são elaborados em ambiente virtual, com a utilização de softwares que reproduzem o Soroban e suas funções, e um bom exemplo é o software Sorocalc 1.5.